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O CORDÃO é uma comunidade digital que explora o processo de ter ou não ter filhos.

O CORDÃO nasceu, em maio de 2021, sob a forma de um diário comunitário escrito por todas as pessoas que quisessem partilhar as suas experiências reais de forma honesta. Uma história escrita a várias mãos, que representa a vasta diversidade de experiências que cabem no universo da possibilidade da parentalidade.

A partir d
esta plataforma aberta e livre, sem julgamentos nem pretensões, o CORDÃO tem-se expandido com a comunicação entre os membros da comunidade e sob a forma de encontros presenciais, um clube de leitura e até um canal de conversa. 

A comunidade do CORDÃO foi-se fortalecendo e estreitando, mostrando a importância da partilha e do diálogo na vivência destes temas, enquanto que demonstra que é possível existir um espaço seguro e respeitoso nas redes sociais.

Através da perspectiva ampla que o CORDÃO nos dá – explorando a pluralidade de realidades enquanto mostra que as dificuldades são transversais -,
 tornou-se óbvio que o caminho necessário passa por democratizar o acesso à informação fora das esferas mais privilegiadas e proporcionar apoio profissional nas áreas que envolvem a saúde da mulher, a gravidez, o parto e o pós-parto.

Em maio de 2022, o CORDÃO tornou-se uma Associação Sem Fins Lucrativos, de âmbito nacional, apartidária, laica, feminista e inclusiva, com o objectivo de promover a informação e defender os direitos das mulheres e pessoas grávidas ou em pós-parto.

últimas entradas no diário

Amor em letras (i)números

Margarida Carrilho
04/04/2022
Mas nos dias em que penso muito o que mais penso é no peso desta dança descompassada Mas que é bela, tão bonita É mar profundo e escuro

Um dia normal

Marta Cruz Lemos
03/04/2022
Barriga cheia, senta entre nós, brinca com a caixinha de tralhas que já tenho a postos na mesa de cabeceira, canta, pede abraços, dá beijinhos. Aguenta uns 20 minutos até termos de nos levantar à pressa, que o senhor quer explorar e não quer ir sozinho.

um dia bom

Maria Veloso
01/04/2022
Acaba março, não sinto aquela excitação do costume, nem com a mudança da hora. Não houve inverno, houve pandemia. Não há dias normais.

contraturas

Anónimo
31/03/2022
Quando transborda “vou só ali à casa de banho 5min”, mas uso-a como portal canalizador das lágrimas que tranco em mim. De que me valeria partilhar a minha vida, os meus pesos, se o chicote em forma de línguas entorpecidas pela antipatia normalizada me iria multiplicar este sentir? Um colo.

amar sem interesses

Anónimo
29/03/2022
A minha mãe sempre disse “quando fores mãe vais compreender porque somos assim”. E não é que não compreendi. Aliás desde que fui mãe ainda os compreendi menos. A minha filha é o meu tudo. Como é que é suposto magoarmos quem tanto amamos?

Neutralmente apreensivo

O pai
26/03/2022
Estava ali um ser humano que não conhecia, um bebé como muitos outros. Penso muitas vezes nesse dia e da sensação de culpa que tive, por não corresponder às expectativas. Porque razão não chorei ou não estava a transbordar de felicidade? Será normal não sentir um grande apego?

sugestões de leitura

O Tempo é uma Mãe

Ocean Vuong

Uma Paixão Simples

Annie Ernaux

Aquário

Capicua